sexta-feira, 25 de abril de 2014

MOTIVAÇÃO

Motivação Infantil: sua importância para a vida adulta
Armando Correa de Siqueira Neto
selfpsicologia@mogi.com.br 
Psicólogo na Indústria e Comércio de Biscoitos Festiva em São Paulo. Desenvolve trabalhos e palestras com Psicologia Preventiva e eventos educacionais.
2004

Idioma: Português do Brasil 
Palavras-chave: Motivação humana, motivação infantil, motivação, motivação na criança

A motivação humana é observada desde tenra idade, sob diferentes formas. O bebê que busca a satisfação de sua fome, somada ao aconchego de um colo quente e acolhedor, demonstra, ao sugar o peito ou uma mamadeira, possuir motivação de sobra, através de seu instinto e da fisiologia que lhe cobra a nutrição e os afetos, expressos pelo choro, por vezes intensos e fortes, e os movimentos mais bruscos de braços e pernas.
Em outra época, cujo desenvolvimento permite certa independência de movimentos de locomoção e manipulação de objetos, vê-se outras possibilidades inerentes ao tipo de motivação na criança. No brincar, especial circunstância do cotidiano infantil, encontra-se rica fonte de informações acerca de seu mundo interno: suas emoções e pensamentos.
Para a criança, que busca entretenimento de diversas formas, valendo-se de sua ilimitada criatividade, os objetivos do brincar demonstram ter pouca importância, e sim, a sua exploração; o seu meio. Ao observá-la durante a brincadeira, percebe-se que há momentos em que ela apenas age sem qualquer finalidade ao brincar. Todavia, há circunstâncias em que a criança encontra uma finalidade naquilo que está fazendo. Por exemplo, ela pode encher uma pequena pá de areia e permanecer imóvel, tentando imaginar o que fazer com aquilo. E, pode, iniciar um movimento frequente de esvaziar a areia em uma caçamba de brinquedo. Demonstrando, assim, emprego concentrado de energia naquela atividade, além de manter-se estável na freqüência de seus comportamentos.
Isto posto, pode-se caracterizar tal situação, dividindo-a em duas etapas. A primeira, em que existe o objeto (pá e areia), porém, não há uma finalidade a ser atingida. A segunda, na qual é acrescido um novo elemento: a motivação, percebida na concentração exercida durante o freqüente movimento de encher a pá com a areia e esvazia-la na caçamba, repetidas vezes.
Portanto, observa-se a forte presença de motivação por meio de determinada atividade, presente em uma criança de tenra idade, aos dois anos, por exemplo.
Com o avançar da idade, nota-se novo momento de se construir a motivação. Uma forma de exemplificar este processo na psicologia infantil são as competências adquiridas. Tornar-se competente em seu meio social, leva a criança à motivação. Uma habilidade motora específica nos esportes pode ser desenvolvida e isto é capaz de acionar o desejo de se empreender tal atividade com determinado empenho. O reforço externo, relativo à performance das habilidades adquiridas vindo dos pais e conhecidos, possibilita o incentivo a motivação. Se a performance for percebida pela criança, ao adquirir um aperfeiçoamento, então, poderá levá-la a uma boa auto-estima, e também à motivação intrínseca ou interna.
  Por outro lado, a criança que pouco percebe as suas competências, necessita de maior estímulo externo, possui baixa auto-estima e demonstra-se ansiosa, e ainda, enxerga pouca perspectiva de melhora em suas habilidades.
O segredo está em conseguir conciliar o desenvolvimento da motivação intrínseca da criança (pela autopercepção dos avanços obtidos e o processo necessário), com o apoio da motivação extrínseca ou externa (avaliação dos adultos, informações a respeito, elogios verdadeiros, etc). Este tipo de desenvolvimento requer acompanhamento, contato e participação. Os afetos devem estar presentes, uma vez que são fonte fundamental de motivação, além das informações que se fazem presentes em cada situação. Boa dose de paciência e vontade complementam o arsenal de instrumentos necessários ao adulto para que colabore quanto ao desenvolvimento motivacional da criança.
 A motivação deve receber especial atenção e ser mais bem considerada pelas pessoas que mantêm contato com as crianças, realçando a importância desta esfera em seu desenvolvimento. A motivação é energia para a aprendizagem, o convívio social, os afetos, o exercício das capacidades gerais do cérebro, da superação, da participação, da conquista, da defesa, entre outros. Pais ou cuidadores, educadores e especialistas que lidam com as crianças podem levar em conta a construção motivacional na infância, antevendo as suas decorrências futuras, tais como a autopercepção e o hábito de desenvolver a motivação intrínseca, reduzindo a necessidade de buscar motivação extrínseca para a realização de alguma tarefa.
De que maneira os adultos compreendem a motivação na infância? Que tipo de acompanhamento é oferecido à criança, visando o seu desenvolvimento global e, particularmente o desenvolvimento da motivação? Que respostas relacionadas à motivação podem ser esperadas de um adulto que pouco desenvolveu a sua capacidade motivacional intrínseca na infância?
Ao compreender aspectos da motivação neste período da vida, facilita ao adulto o entendimento sobre que tipo de ajuda poderá oferecer à criança, desde que haja um compromisso nesta relação. A sua presença é fundamental. A criança se sente motivada a executar muitas tarefas em virtude do reconhecimento e impressões daqueles com quem convive, na tentativa de demonstrar a sua evolução e as conquistas que realiza. Os bons motivos serão sempre a chave para o desenvolvimento natural da criança, além de gerar harmonia entre os elementos internos e externos, parte de nossa própria natureza humana.
A motivação infantil tem lugar de destaque no desenvolvimento de nossa espécie. Não é algo que deva ser fonte de preocupação posterior. É no aqui e agora que as coisas acontecem. Esta oportunidade pode passar, e então, criar dificuldades em outro momento. Colaborar já é motivo de boa qualidade no convívio atual e especial preparação para o futuro. Motive-se também!
3 dicas para motivar os alunos
28/02/2012
Especialista em motivação educacional e comportamental elabora 3 dicas para ajudar os professores a motivar os estudantes
Crédito: Auremar/ Shutterstock.com
Obviamente temos recursos limitados para desenvolver relações com todos os nossos alunos. Mas uma sala de aula pode ensinar muito

De acordo com o especialista em motivação educacional e comportamental Dr. Richard Curwin as mudanças no ambiente escolarsão importantes para o desenvolvimento dos alunos. Para ele, é preciso oferecer alternativas para que essa mudança ocorra de forma natural na vida escolar. "É responsabilidade dos professores oferecer motivação e alternativas viáveis para que os estudantes tenham a capacidade de mudar", afirma Curwin, que dirige o programa de Mestrado em distúrbio de comportamento em David Yellin College, em Jerusalém.
  
Confira as 3 dicas selecionadas por Dr. Richard Curwin para motivar seus alunos:
1) Apreciação dos alunos
Há uma diferença entre a manipulação e a apreciação dos alunos. Manipular tem um destino final pré-determinado ("se você fizer isso, você vai ter isso".) enquanto apreciar é uma expressão de sentimentos originais. Apreciação é sempre dada após o comportamento de um aluno. Não é nem condicional nem pré-determinado. Quando apreciamos não estamos procurando repetir o desempenho. Avaliação vem do coração.
2) Introduza um desafio
Geralmente, quando desafiadas, a maioria das pessoas fica mais determinada e motivada a realizar o desafio da melhor maneira. Fornecer um desafio apropriado para os estudantes bate qualquer forma de recompensa para motivação. O truque é encontrar o nível mais adequado de desafio. Desafio muito fácil só constrói um pouco de orgulho e gera muita frustração. A melhor maneira de fazer isso é oferecer vários níveis de desafio e deixar o aluno escolher, como acontece em um jogo com vários níveis de dificuldade.

3) Conheça seus alunos e mostre cuidado
Pense nos melhores professores que você já teve no jardim de infância até a pós-graduação. Todos eles tinham uma coisa em comum: eles realmente se preocupavam com o seu bem-estar. Eles falaram com você sobre seus sentimentos em torno de questões escolares, seus sucessos, fracassos e necessidades. Obviamente, temos recursos limitados para desenvolver relações com todos os nossos alunos. Mas uma sala de aula pode ensinar muito mais que vida.


4 dicas de motivação para os alunos
09/02/2012
Você precisa de motivação para fazer sua lição de casa? Às vezes, todos nós precisamos de um pouco estímulo quando se trata fazer o nosso trabalho


(Crédito: Laser0114 / Shutterstock.com)
(Crédito: Laser0114 / Shutterstock.com)

Gracie Fleming, especialista norte-americana em educação, observou durante anos alunos com falta de motivação para fazer as tarefas diárias. Na tentativa de mudar esse quadro na educação nacional ela entrevistou vários alunos buscando respostas para a falta de vontade de realizar as tarefas. Com base nesses resultados, desenvolveu uma série de exercícios de motivação para ajudar os estudantes a fazer melhor a lição de casa.
  
Se você acha que a lição de casa é muito antiquada e está de saco de cheio de fazer, pode encontrar inspiração nas dicas a seguir:

Dica de motivação para alunos: 1) Tenha perspectiva
Quando você começar a sentir que a lição de casa é uma chatice, pense sobre os motivos que estão levando você a fazer a lição de casa. O trabalho que você faz agora é realmente importante para o seu desenvolvimento, mesmo que isso seja difícil de enxergar. Tudo será base para o seu alicerce no futuro.

Dica de motivação para alunos: 2) Escolha uma área
Você é um gênio da matemática? Um grande escritor? Você é artístico ou bom em resolver quebra-cabeças? A boa notícia é que você não precisa amar tudo. Basta escolher uma área que você ama e se tornar o especialista em sua escolha. Depois de se tornar perito em seu campo, você vai ganhar confiança em si mesmo e tornar-se mais tolerante com as outras matérias que não gosta tanto.

Dica de motivação para alunos: 3) Seja competitivo
Pense em cada projeto como um desafio e se proponha a fazer sua tarefa melhor do que ninguém. Tente surpreender a todos, incluindo o professor, fazendo um excelente trabalho. Coloque as suas cabeças juntas e trace um plano para superar a multidão popular. Você verá que isso pode ser muito inspirador! 

Dica de motivação para alunos: 4) Tenha apoio
É lamentável, mas é verdade: alguns alunos não recebem muito incentivo ou apoio quando se trata de trabalho escolar. Alguns não têm qualquer incentivo da família. Há muitas pessoas que se importam muito que você tenha sucesso na escola.



10 dicas para envolver alunos com baixo desempenho
06/12/2011
Professores do Cochrane Collegiate, nos Estados Unidos, implementaram 10 métodos que ajudam alunos com baixo desenvolvimento

Os professores devem colocar o método em prática em todas as lições, todos os dias

Os professores da Cochrane Collegiate Academy, na Carolina do Norte, Estados Unidos, desenvolveram um modelo de instrução chamado “Aprendizado Alternativo” (Alternative Learning em inglês) para alunos que apresentam baixo desempenho em sala de aula.

O método é uma junção das suas 10 melhores práticas chamadas de “não negociáveis”. Os professores tentam colocá-las em prática em todas as lições, todos os dias. Confira a seguir:


1) Pergunta essencial:
Qual é o objetivo pretendido com a lição? Lembre-se de fixar apenas uma questão essencial por aula e osalunos devem ser capazes de responder a essa pergunta até o final da lição. Com essa questão, os professores precisam ser bem específicos sobre o que eles querem que os alunos façam e qual é o nível máximo de aprendizado. Os estudantes têm que ser capazes de analisar e aplicar o conteúdo, não apenas responder a questão com “sim” ou “não”.


2) Estratégia de ativação:
É uma estratégia que estimula os estudantes ativamente, pensando ou fazendo uma conexão com o material que está sendo apresentado no dia. Faça uma conexão do conteúdo com o mundo exterior para ver o quanto seus alunos já sabem ou se lembram.
Com a tecnologia disponível atualmente, uma boa opção são os videoclipes. Os estudantes adoram ver seus vídeos e desenhos favoritos como material de estudo. À primeira vista, eles não sabem o que vai acontecer. Então, se focam apenas no vídeo, mas depois que o professor fornece a conexão os estudantes começam a se interessar pelo conteúdo.

3) Vocabulário relevante:
Vocabulário relevante deve estar presente nas suas lições. Mas mantenha seu vocabulário limitado ao que os seus estudantes são capazes de lidar. E tenha certeza de que as palavras estão sendo usadas no contexto correto. Seus alunos devem interagir com as palavras.
Os professores precisam saber o que é mais importante e efetivo. O vocabulário pode ser ensinado por meio de recursos gráficos, experiências dos alunos ou o que você acreditar que pode melhorar o desempenho dos seus alunos.
4) Tempo limitado:
Sua aula deve ter um tempo limitado. Depois de 12 a 15 minutos de palestra, envolva os alunos em alguma atividade, mesmo curta, que dure apenas alguns minutos.
Os alunos não são capazes de manter a atenção por tempos muito longos, por isso, sua aula deve ser fragmentada. É importante envolver os alunos em atividades diferentes da rotina. Depois de dois ou três minutos que eles estiverem em uma atividade, retome o assunto por mais alguns minutos.


5) Gráficos organizadores:
O uso de gráficos organizadores permite que os alunos classifiquem informações de forma visual, além de rever informações mais antigas.
Os alunos precisam ser capazes de conceituar as informações que lhes estão sendo oferecidas. O gráfico é um modo agradável para o estudante fazer isso. Ao olhar para informações organizadas é mais fácil fixar a informação. E ao estudar o aluno prefere olhar para um gráfico bem organizado do que ler um caderno com milhares de anotações.

6) Movimente os estudantes:
Se movimentar é uma necessidade dos estudantes. Em algum ponto durante a instrução eles necessitam de movimento. Isso garante que eles estejam ativamente engajados.
Esse é, provavelmente, o maior desafio dos professores, porque pode ser intimidante colocar os estudantes em movimento. Mas é possível colocar os estudantes para se movimentar de várias formas, especialmente porque alunos não gostam de ficar sentados.
7) Pensamentos de ordem superior:
Apresente aos alunos pelo menos três pensamentos de ordem superior durante a aula. Faça perguntas desafiadoras, que coloquem seus alunos para pensar.
A forma de apresentar essas perguntas é diferente e as respostas podem indicar o nível de aprendizado dos seus alunos. A pergunta, que deve ser feita de forma igual para todos os seus alunos, pode ser respondida de formas diferentes por um aluno avançado e um mais lento.
8) Resuma:
Resuma para aproximar as lições do fim. Essa será a sua oportunidade de avaliar a capacidade dos seus alunos de responder efetivamente as questões essenciais, além de perceber se será necessário desenvolver melhor essa habilidade.
Os professores devem procurar maneiras criativas de fazer com que os alunos respondam a questão essencial do início da aula. A capacidade do aluno de responder essa questão de forma objetiva é uma maneira de o professor analisar o nível de aprendizagem do aluno. Esse é o momento em que o professor sabe se já pode avançar com o conteúdo ou se deve retroceder nas informações passadas.
9) Rigor:
As aulas devem ser rigorosas. As atividades devem ser desafiadoras e se moverem em um ritmo acelerado. Não dê aos alunos a oportunidade de ficarem entediados, nem períodos de tempos ociosos. Toda aula deve trazer uma lição ativa.
Os professores precisam levar seus alunos para o nível mais alto de conhecimento. Fique no pé, estabeleçatempo para que as atividades sejam realizadas e maximize o tempo de aprendizado.
10) Foco no aluno:
Todas as suas lições devem ser focadas nos alunos, no seu sucesso. Os caminhos pelos quais os estudantes são instruídos devem deixar isso claro. A tecnologia pode ser uma aliada nisso, já que proporciona aos alunos habilidades únicas e relevantes para a aplicação no mundo real. Isso deve ser uma parceria: se você tem 100% de eficácia no seu plano de ensino, os alunos aprendem.
O professor deve ser um facilitador do aprendizado e não o doador de todo o conhecimento. É necessário ensinar os alunos a pensarem de forma crítica ao longo da vida, essa é a missão do professor.



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