Contar histórias, deixar bilhetinhos na geladeira, fazer lista decomprasem voz alta - essas
são apenas algumas ações que ajudam na alfabetização das crianças... confira
abaixo10dicasinfalíveis para
ajudar na alfabetização de seusalunos, filhos, netos...
- Deixar bilhetes ou escrever
cartas- Deixe
recadinhos na porta da geladeira, escreva cartas e estimule-a a fazer o
mesmo (mesmo que saiam apenas rabiscos. Lembre-se: nessa fase do
desenvolvimento, não se erra, se tenta acertar). 'Vou escrever uma carta
para a vovó contando como estamos. O que você quer que eu conte para
ela?'. Recebeu uma carta ou encontrou um recadinho em casa? Leia em voz
alta.
- Preparar receitas culinárias
na presença da criança- É importante que a família chame a criança,
desde muito cedo, para participar de algumas ações, de forma que ela
presencie o contato com a língua escrita. Na culinária isso pode acontecer
de maneira descontraída e divertida. Durante a receita de um bolo, por
exemplo, vá perguntando para a criança: "Vamos ver o que falta
colocar? Ah, ainda preciso colocar 3 ovos, está escrito aqui".
- Ler histórias- Leia com frequência para
seu filho: gibis, revistas, contos de fadas... Leia mais de uma vez o
mesmo livro, pois isso é importante para a criança começar a recontar
aquela história depois, no papel de leitora, inclusive passando as páginas
do livro corretamente. O que pouca gente lembra é que o ato de leitura
deve começar muito cedo, com crianças que ainda estão longe de serem
alfabetizadas. Ao ouvir histórias, a criança acaba percebendo que a
leitura é feita da esquerda para a direita (importante para o momento em
que ela vai começar a riscar), consegue diferenciar o que é texto do que é
desenho, começa a notar que as palavras são escritas separadamente
formando frases.
- Explorar rótulos de
embalagens-Alguns
produtos são recorrentes na dispensa de nossas casas e as crianças acabam
se acostumando com a presença deles. Aproveite momentos de descontração,
como durante as refeições, para ler os rótulos junto com seu filho. Com o
tempo, ele começa a ler por imagem, por associação. Ele pode ainda não
estar alfabetizado, mas já sabe o que está escrito naquela embalagem. Os
rótulos são interessantes de serem lidos porque, na maioria dos casos, são
escritos em letra CAIXA ALTA, que é a qual a criança assimila antes da letra
cursiva.
- Fazer listas de compras com
seu filho- Esta
aí uma tarefa pra lá de corriqueira: fazer a lista de compras do
supermercado. Num ambiente alfabetizador, o momento pode ser aproveitado:
chame a criança para preencher a lista com você e faça com que ela perceba
que você anota no papel as coisas que irá comprar, para consultar lá no
mercado (uma forma de ela relacionar a linguagem oral com a escrita). Vá
conversando com ela: "Vamos anotar para não esquecer. O que mais
vamos ter de comprar? Então, vamos escrever aqui". Deixe que ela
acompanhe com os olhos o que você está escrevendo e vá falando em voz
alta.
- Aproveitar as situações da
rua-Placas
de trânsito,destinode ônibus, outdoors, letreiros,
panfletos, faixas... onde quer que frequentemos estaremos sempre em
contato com o mundo letrado e é ótimo que os diferentes elementos sejam
aproveitados com a criança. "Dá para levar em forma de brincadeira.
'Olha filho, tem uma placa igual a essa em frente à nossa casa. Sabe o que
está escrito nela?'’ ou ainda 'Olha, filho, esse ônibus vai para Cajuru.
Cajuru também começa com Ca, igual o nome da mamãe, Carolina'. É por meio
dessas situações que a criança vai percebendo as diferentes funções da
escrita e fazendo associações... É uma forma não de ensinar/aprender, mas
de brincar com as letras, com as palavras, com a escrita e a leitura.
- Fazer os convites de
aniversário com a criança-Escrever nos convitinhos de aniversário é uma
etapa da festa da qual a criança precisa participar. Pergunte a ela:
"o que teremos de escrever nos convites? Precisamos dizer onde vai
ser e a que horas". Isso pode ser feito desde o primeiro aniversário
da criança, repetindo nos anos seguintes, até chegar a vez em que ela
própria irá querer escrever sozinha, com sua letrinha. Outra atitude
interessante é escrever cartões de aniversário ou de casamento na frente
da criança. "Esses nossos amigos irão se casar. Vamos escrever uma
mensagem a eles para enviar junto com o presente?". Nos aniversários
das pessoas da família, incentive-a a escrever algum cartão, mesmo que ela
faça apenas desenhos. Pergunte que mensagem ela quis passar e em seguida
faça um elogio ao seu trabalho.
- Montar uma agenda telefônica-A agenda telefônica é um bom
objeto a ser explorado com as crianças. Ela mostra, claramente, o que é
texto e o que é número, com a função de cada um deles. O texto é usado
para escrever o nome das pessoas ou dos lugares, enquanto o número é
utilizado para informar o telefone. No dia a dia, chame a criança para
observar essa diferença. "Olha filho, deste lado ficam os nomes das
pessoas e deste o número do telefone delas. Vamos ver qual o número da
casa da titia?".
- Apontar outros materiais
escritos-Brinquedinhos
com palavras e números, calendários, jogos de computador, álbum de
fotografia com legendas, scrapbook, tudo isso pode estar no ambiente de
convivência da criança, mas... desde que realmente sejam usados por ela, e
não funcionem como meros enfeites do seu quarto. Houve um tempo em que
pais e professores acreditavam que bastava etiquetar os objetos (etiqueta
com a palavra cama na cama, com a palavra armário no armário) para as
crianças se familiarizarem com a língua. Mas as pesquisas mais atuais mostraram
que os diversos gêneros textuais precisam estar presentes e serem usados
dentro de uma função comunicativa. Portanto, quando for montar um álbum
com fotos de umaviagem, chame a criança para
legendar cada foto com você. "Você lembra como se chamava este lugar?
Vamos escrever aqui para sabermos daqui a um tempo".
- Respeitar o ritmo da
criança-Sabe
o que mais pode ajudar na alfabetização da criança? Compreender o seu
ritmo! Isso mesmo. Investir no ambiente alfabetizador é importante para
que as crianças ganhem mais intimidade com a língua escrita (e dessa forma
encontrem menos dificuldade quando estiverem aprendendo a ler a escrever),
mas isso não quer dizer que o processo será, necessariamente, acelerado, e
é importante que os pais tenham isso em mente. Lembre-se: começar a ler e
a escrever mais tardiamente não representa problema de aprendizagem ou
falta de inteligência. Na maioria dos casos, significa apenas que a
criança ainda não atingiu um nível necessário de maturidade. A criança
fica um tempo absorvendo muita informação e de repente dá uma decolada,
mostrando que conseguiu entender o processo. É literalmente um 'click',
mas que acontece em momentos diferentes para cada criança.
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